O Nee holandês

Na liberal e tolerante Holanda o Não deu uma grande banhada ao Sim, cerca de 62% contra 38%, numa participação de mais de 60% dos eleitores.
E aqui, mais uma vez, os argumentos para se tomar tal opção foram claros e sobretudo lógicos: As populações não querem que a Europa lhes entre pela casa dentro sem mais, sem ser convidada, e lhes venha a tirar o que elas têm de mais precioso: o seu bem estar e sobretudo o poderem continuar a decidir pelas suas cabeças.
Tais argumentos são irrefutáveis seja por quem for, dentro duma classe politica, agora em pânico pois não conseguiu ver o obvio, ofuscada por uma vontade de protagonismo de construção europeia.
Os políticos não viram que a construção europeia é, acima de tudo, uma construção entre pessoas e povos e não entre Estados que, em si, nada são sem as pessoas seus cidadãos.
Veja-se o que disse um jovem holandês, (passou esta manhã nas noticias da TV) sobre a sua posição de voto: “Eu votei Não pois ouvi dizer que iam pedir dinheiro para fazer um exército europeu. Eu, que sou contra um exército holandês, tinha que votar Não”.
São estes argumentos, lineares e indestrutíveis, vindos das pessoas com opinião e consciência do que querem, que os políticos, da direita á esquerda, afinal nunca compreenderam e nunca pensaram que teriam muito valor. Azar o deles.
È bem feito e agora estão com as orelhas a arder, as canelas magoadas, a cabeça tonta, os intestinos descontrolados e sem saber para onde ir primeiro: para a cama descansar ou para a retrete aliviarem-se?