Crise, Que Crise?

Como Portuguesinho que sente a crise que atravessamos, rumei a sul para um fim-de-semana prolongado.

Havia gajos e gajas nas estradas, a andar de carro e jipes. Já se viam caravanas, motos de água e parapentes. Até matriculas novas, com as letras no meio. E nas praias até se descobriam uns bons pedaços de mau caminho, ou seja umas mulas bem boas.

Entre bichas de quilómetros nas auto-estradas, os pára/arranca, o calor, e os insultos ao tipo da frente que anda a armar-se em Fangio e quer me ultrapassar, via-se de tudo!

Só não vi foi a Crise.

Procurei por ela nas estradas, mas eram tantos os carros que não a consegui ver.

Pensei, com a alta dos combustíveis, deve estar nas bombas de gasolina. Mas longos minutos de espera e filas de carros para abastecer também não me deixaram vê-la.

Então decidi procurar a crise nos restaurantes e comes e bebes. Mas cansei-me de o fazer após esperar uma hora para ter mesa num restaurante.

Disse cá para mim, vou te encontrar na praia, lugar onde toda malta vai.
Aí, a única crise que senti foi estar com a patroa ao lado, no meio de tanta mamoca boa e ao léu, e tanto rabinho firme com fio dental ou asa delta! (Mas consolei as vistas)

Mas, a crise que se diz passar, não a encontrei.

Certamente a gaja ficou em casa, e não fez fim-de-semana prolongado!!!!!